Ela: Alô!
Ele: Já cheguei ao Brasil.
Ela: Jura? Não aguentava mais de saudades!
Ele: Eu também.
Ela: Você ainda está no aeroporto? Preciso te ver.
Ele: Sim, mas... não dá.
Ela: Porquê? O que aconteceu?
Ele: Não dá... Não me procure, por enquanto. Não me procure.
Ela: O que foi? Você não gosta mais de mim, é isso? Se apaixonou por outra pessoa?
Ele: Não! Jamais eu deixaria de ter amar. Nunca!
Ela: Eu também te amo, e você sabe. Mas, porque você não quer me ver?
Ele: Aconteceu uma coisa, e é melhor eu te contar.
Ela: Me conta o que aconteceu, por favor.
Ele: Enquanto estive em Paris, fui atropelado por uma moto na rua. Fui arremassado contra um muro de pedra.
Ela: Meu Deus! Você está bem?
Ele: Sim... Tive alguns arranhões, só isso. E bati a cabeça.
Ela: Ai meu Deus!
Ele: Eu bati a cabeça, e perdi a visão. Estou cego.
Ela: (silêncio)
Ele: Por isso você não pode me ver. Não agora. Não entende que estar perto de você e não poder te olhar olhos, nem ver seu sorriso será o pior pra mim?
Ela: (Chorando) Eu te amo, independente de tudo!
Ele: Por favor, por enquanto, não me procure. Te amo.
(E desliga o telefone)
Ela continua ligando pro seu celular, vai até a casa dele, mas a mãe dele diz que ela respeite o tempo de recuperação, que foi um forte trauma, mas que um dia ele estaria bem.

O tempo passa, e ela continua com sua vida, e se vê aberta a outros relacionamentos. Conhece outra pessoa, um cara que sua melhor amiga tinha apresentado, começa um namoro, e com pouco tempo resolvem se casar. Mesmo ainda tendo o sentimento, do seu antigo amor, guardado e adormecido no seu coração.
No dia do casamento, ela com seu vestido branco, entra no carro (modelo antigo) que a levaria até à igreja.

Ela: Por favor, motorista, vá um pouco mais rápido. Estou muito atrasada!
Ele: Pois não, senhora.
Ela olha pro motorista pelo retrovisor, e reconheceu aquele olhar.
Ela: É você?? Não acredito.
Ele: Sim. Sou eu, em carne e osso.
Ela: Você está enxergando??
Ele: Depois de duas cirurgias, graças a Deus, recuperei a visão.
Ela: Que maravilha!
Ele: Sim. Eu tive muita sorte. E estou tendo muita sorte de te reencontrar hoje.
Ela: Fico muito feliz em te ver.
Ele: E quero que saiba que eu ainda te amo.
Ela: Bom saber que você se recuperou. É um milagre isso! Porém, não me diga que me ama, pois agora é tarde.
Ele: E você ainda me ama?
Ela: (silêncio)
Ele: Você ainda me ama?
Ela: Não posso mentir... Eu nunca deixei de te amar. Não consegui te esquecer! Mas agora é tarde...
Ele: Claro que não é tarde. Ainda não chegamos na igreja. Vamos embora comigo?

Ela: É muita loucura! Não posso fazer isso!
Ele:
Vai se casar com outro, mesmo me amando?
Ela: Foi culpa sua, você não me permitiu estar ao seu lado.
Ele: Eu teria sofrido mais, você sabe. Mas, vamos comigo. Vamos ser felizes juntos!
Ela: Tenho medo de me arriscar assim, mas eu não posso dizer não ao Amor.
Ele: Você é a razão pela qual me recuperei. Todas as noites pedia a Deus que me desse novamente a visão, porque viver sem poder olhar teu sorriso, seria melhor morrer.
Ela: Eu te amo.
Ele: Eu também te amo.
Depois de um beijo apaixonante, ele fez a volta no carro. Ela jogou o buquê de rosas no trânsito em meio aos carros; talvez tenha refletido sobre sua atitude radical depois... Mas o Amor é mais importante! Foram embora juntos, com um único destino: A felicidade.

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